segunda-feira, outubro 03, 2005

De rastos...

Costumo dizer que este meu blog é para os assuntos do coração e os outros para as restantes vertentes do meu ser. O pior de tudo é que eu não sou indivísivel e o facto de não estar bem nos outros aspectos da minha vida acabou por prejudicar os assuntos sentimentais...
Para quem me conhece ou leu este blog desde princípio, há 4 meses larguei a minha vida de solteirão e decidi comprometer-me numa relação. Hoje, depois de ter levado um grande wake-up call, tenho de afirmar que desaprendi a ser romântico. Nesta relação com uma mulher linda, dedicada, apaixonada, fui dizendo que era mais frio porque era a "Rocha ou Pilar" da relação. Mas a verdade é que nunca fui assim, nem sei ser assim. Nas minhas relações anteriores eu era impulsivo, romântico, arrebatado, mas o facto de não terem corrido bem (sobretudo a última), retirou-me a meninice, a loucura controlada, a paixão transbordante... Entenda-se, a culpa desta minha apatia não é da minha namorada actual, pelo contrário! Foi a maneira de ser dela, que era tão minha, que me fez lembrar como em tempos eu era! Mas fui-me deixando levar pela monotonia que a minha vida se tornou, em que não consigo arranjar nada estável profissionalmente e que, confesso, há dias em que ao acordar me apetece que seja noite outra vez para dormir. Os únicos momentos felizes são verdadeiramente aqueles que passo com ela, em que me abandono no seu abraço e deixo que seja ela a proteger-me. Mas admito que isso não chega...
Esta semana dei por mim a querer oferecer-lhe alguma coisa e a não conseguir lembrar-me de nada. Não é que ela não me suscite paixão, amor, carinho, e tudo mais, eu é que estou num tal estado letárgico que não consigo fazer o cérebro funcionar... É mau demais estar assim! E depois, ela que tem sido a única coisa segura e firme que me tem aguentado, está a fugir-me. Não por que não a deseje e queira outras mulheres, simplesmente porque estou perdido e não sei para onde me virar.
Não são muitos os momentos de fraqueza que tenho, mas hoje senti que bati num fundo. Um fundo sentimental, um fundo de sensações, em nada por culpa dela, mas por culpa de eu mesmo. Não sei se a perdi hoje, mas a volta ao estomâgo, a sensação de abismo, de falta de rumo que hoje senti, fez-me ter a certeza que ela é a única coisa que verdadeiramente me importa.

As palavras são vãs para descrever o que me vai na alma, mas deixo apenas a última frase da história que lhe prometi escrever e que é a única que sei desde o ínicio: "O quanto me fazes falta? Muito, meu amor..."

1 comentário:

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras da Luna...